“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender; e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.”(Nelson Mandela)


quinta-feira, 31 de maio de 2012

Projeto Piloto - Direito à Saúde da Mulher Negra

Com duração de três anos, o Projeto Direito à Saúde da Mulher Negra, que teve início em março de 2007 e foi encerrado em abril de 2010, é um exemplo exitoso de ação que aborda as questões raciais e de gênero em uma perspectiva de direitos humanos.

Realizá-lo, em parceria com o Geledés Instituto da Mulher Negra, foi para a Conectas uma experiência enriquecedora, na medida em que ampliou o leque de atuação da organização que desde 2001 trabalha pela promoção dos direitos humanos no sul global. A expertise do Geledés em educação popular e no trabalho pela igualdade racial e de gênero, aliada à experiência da Conectas na capacitação de ativistas e no desenvolvimento de projetos no âmbito dos direitos humanos, resultou no bem sucedido trabalho.

Suas principais atividades ao longo desses anos foram:

I) - a produção, em 2007, do Manual de Referência em Direito à Saúde da Mulher Negra, material didático e informativo contendo cinco cartilhas sobre as temáticas de Direitos Humanos, raça, gênero e saúde;

II) - dois Cursos de Capacitação, que ocorreram em 2008, sobre gênero, raça e saúde voltados para mais de 110 Promotoras Legais Populares formadas pelo Geledés - Instituto da Mulher Negra;

III) - a criação do Centro de Direitos no bairro de São Mateus em março de 2009.

Fonte: Disponível em: http://www.conectas.org/saude-da-mulher-negra, acesso em: 31/05/2012.

Além destas, outras atividades como [...] sua participação na Campanha pela Convenção Interamericana dos Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos e auxílio na produção de material sobre a Futura Convenção Interamericana Contra o Racismo e toda Forma de Discriminação e Intolerância, o diálogo com a Defensoria Pública, dentre outros, foram igualmente relevantes para o Projeto Direito à Saúde da Mulher Negra.

Conectas e Geledés finalizaram este Projeto com o lançamento de uma publicação intitulada Conquistando Direitos, a Experiência do Projeto Piloto Direito à Saúde da Mulher Negra. A finalidade desse documento é explicitar o que foi o Projeto, porque foi desenvolvido, com base em quais constatações práticas e teóricas, como foi executado e apresentar, por meio da avaliação das suas etapas, quais foram os êxitos e logros desse projeto piloto, de modo a encorajar e facilitar a sua replicação.

Com o final do Projeto piloto Direito à Saúde da Mulher Negra a equipe, juntamente com as usuárias do Centro, transferiu as atividades para um espaço comunitário na região de São Mateus. Os membros da equipe do Projeto, as usuárias do Centro e as pessoas e organizações que acompanharam de perto essa iniciativa pretendem manter a dinâmica de capacitação continuada no novo espaço, dedicando-se voluntariamente à educação popular em direitos como instrumento de transformação social. O aprendizado conquistado ao longo do Projeto é, dessa forma, entregue à comunidade para levantar novos desafios da prática social. [...]
Fonte: Disponível em: http://www.conectas.org/saude-da-mulher-negra, acesso em: 31/05/2012.

Comitê Técnico de Saúde da População Negra realiza reunião para discussão de projetos para o biênio 2012/2013

 
Objetivo principal é a discussão de ações de saúde voltadas especificamente para a população afrodescendente.


O Comitê Técnico de Saúde da População Negra realiza hoje, 25, uma reunião para a apresentação de propostas referentes à saúde da população negra. O evento acontece às 15h na sede do Conselho Municipal de Saúde e contará com a presença de representantes do Conselho Gestor de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Movimento Social, Movimento Comunitário e da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa). Essa é a primeira reunião para o reconhecimento da agenda do comitê para o ano de 2012.

O objetivo principal do evento é discutir ações voltadas para os negros, tendo como base o Plano Municipal de Saúde da População Negra – referente ao biênio 2012/2013. Além disso, será discutida a melhor forma para a detecção de doenças com maior incidência na população afrodescendente.

Segundo a coordenadora do Comitê Técnico, Ruceline Félix, um dos projetos que serão apresentados refere-se às capacitações dos agentes comunitários de saúde. “Com esse tipo de capacitação, os agentes terão um outro olhar a respeito das doenças que são predominantes na população negra. Dessa forma, o trabalho deles será realizado com mais excelência”, afirma.

Ela explica, ainda, que a proposta é que 550 agentes comunitários sejam capacitados, incluindo os que passaram recentemente no concurso Pró-Saúde. Ações dentro das escolas também serão alguns dos tópicos que serão destacados.

A coordenadora enfatiza o andamento de dois projetos, sendo cada um correspondente a um ano do biênio. Para 2012, serão desenvolvidas pesquisas científicas referentes à população negra. Elas destacarão com precisão as doenças que mais atingem aos negros.

Atualmente, sabe-se que as doenças que são mais propícias aos negros são diabetes do tipo II, hipertensão arterial e miomas. Porém, a mais preocupante é a anemia falciforme, caracterizada pela má formação das hemácias sanguíneas. A doença se manifesta apenas na população negra e o teste do pezinho é o único exame na área de saúde pública que a detecta.
 

Eqüidade de gênero e raça: um longo caminho a se percorrer



Durante todo o ano de 2006, o tema das eleições toma conta da agenda brasileira, já nos primeiros meses, as decisões políticas tomadas refletem isso. No primeiro semestre, a forma como os temas de atuação do CFEMEA foram tratados pela sociedade brasileira e os poderes públicos revela dimensões dos desafios a serem enfrentados e possibilidades de avanços.
Começando pelas boas notícias, temos finalmente a incorporação de questões de gênero e raça, bem como da necessidade da transparência, no Orçamento Público. Desta vez, de forma mais concreta, o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias 2007 incorporou critérios que fortalecem o combate às desigualdades, como a diretriz de redução das desigualdades de gênero, raça e etnia se tornar critério para definição da política de aplicação de recursos das agências financeiras oficiais de fomento e diretriz para a elaboração e aprovação do Orçamento da União de 2007. Ainda nas boas notícias, o PL 4559/2004, que se tornou PLC 37/2006 no Senado, foi sancionado pelo presidente da repúlica. A Lei visa o enfrentamento de forma integral da violência doméstica contra as mulheres. Essa foi uma grande conquista, mas ainda é longo o caminho para que a sociedade compreenda que a violência contra as mulheres é um problema social, de todas e todos @s brasileir@s. Mais um ponto que avançou em 2006, foi a aprovação no Senado do FUNDEB. Nessa conquista destaca-se a atuação da Campanha Nacional pelo Direito à Educação que foi fundamental para mobilização da sociedade civil e visibilização da urgência desse fato político. Para as mulheres, a inclusão das creches no Fundo promove a igualdade de gênero possibilitando maior e melhor inserção das mães no mercado de trabalho. Ainda na área de eqüidade de gênero nos mundos do trabalho e já entrando no combate ao racismo, temos o tema do trabalho doméstico. Está a luta pela garantia dos direitos previdenciários das mulheres que realizam o trabalho doméstico não remunerado em seus lares e das trabalhadoras domésticas em casa de terceir@s que não têm seus direitos efetivados. A MP 284 que chegou ao Congresso Nacional este ano, passou por várias modificações para enfim conseguir contemplar efetivamente direitos para as trabalhadoras domésticas remuneradas: FGTS obrigatório, férias de 30 dias, salário-família, multa de 40% em caso de demissão sem justa causa, e estabilidade gestante. Apesar das manifestações dos movimentos de mulheres e feministas e das trabalhadoras domésticas pela garantia dos direitos, o presidente Lula aprovou a MP 284 vetando o FGTS obrigatório, a multa de 40% no caso de demissão sem justa causa, e o salário-família. De fato, a sociedade brasileira não consegue ainda encarar os problemas estruturantes das desigualdades sociais. Não reconhecer os direitos das trabalhadoras domésticas é um reflexo disso, hoje, ainda é mais valorizado quem cuida de uma máquina do que quem cuida de uma vida. Já passou da hora de revermos muitos conceitos e reconhecermos esse trabalho como uma atividade profissional e que deve ser tratada como tal, a começar pela equiparação dos direitos trabalhistas. A transformação social não passa apenas pelas esferas dos poderes públicos, mas pelas mudanças culturais e sociais, nas quais toda a sociedade deve estar comprometida em se desvencilhar dos resquícios do passado escravagista e patriarcal do Brasil. O combate ao racismo é fundamental para a construção da democracia e justiça social. No entanto, parece que se está longe de compreender que as cotas para a população negra é uma medida fundamental para que esse grupo participe efetivamente dos espaços de decisão do País. O manifesto de um grupo de intelectuais brasileiros contra as cotas reflete, mais uma vez, que existe uma minoria que está no poder ainda ditando normas e não tem nenhum interesse em abrir mão de seus privilégios para a construção de uma sociedade mais justa e democrática. E por falar em democracia e eqüidade de gênero, muito nos espanta que representantes de movimentos sociais que lutam contra o patriarcado, machismo e homofobia reproduzam práticas dessas filosofias. Vide a postura de alguns representantes do movimento gay com as lésbicas nas paradas da diversidade sexual. Aqui em Brasília tivemos um nítido exemplo disso a ponto de termos que lidar com frases como "microfone na mão de mulher é problema". Está clara a falta de entendimento da urgência de acabarmos com essas práticas preconceituosas e de manutenção de privilégios para a promoção da igualdade de direitos das pessoas independente de sua raça/etnia, orientação sexual e idade.


Índios protestam em todo o Brasil por atendimento à saúde

Grupo gaúcho ocupou a frente e o quarto andar do Ministério da Saúde
.terra.com.br/index/images/resized/images/destaque/Indios_protestoMai12_tp_330_228.jpg&w=330&h=228&ei=iRbIT9riJOKW0QHI-7WQAQ&zoom=1, acesso em 31/05/2012.

A entrada e o 4º andar do Ministério da Saúde, onde fica a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), em Brasília (DF), foram ocupados por cerca de 80 indígenas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina na manhã dessa terça-feira (29). Índios das nações kaingang, guarani mbyá e charrua também ocuparam as sedes da Sesai em Curitiba e Guarapuava, ambas no Paraná, e de Porto Alegre (RS), além de bloquearam rodovias nos dois estados para cobrarem assistência médica decente.
Segundo os índios, uma criança morreu no litoral gaúcho devido à falta de atendimento médico. De acordo com as lideranças, o atendimento médico a indígenas é "um caos" na região Sul do país. "Falta definição da gestão, sobra incompetência, além do que a transição da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) ainda provoca sérios problemas na saúde de nossos povos", diz Pedro Kaingang em nota divulgada pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
Saúde básica
Os problemas enfrentados, segundo os indígenas, vão de aspectos simples, como aquisição de leite em pó para crianças em risco nutricional, transporte e leitos para pacientes indígenas, farmácia para aquisição de medicamentos fora da lista básica, chegando a atendimentos de alta e média complexidade, equipamentos médicos e saneamento básico nas aldeias.
A situação é tão grave, conforme os indígenas, que uma das reivindicações é a realização de contratos com funerárias, recursos para pedágios e a locação de sedes físicas. "Essa semana morreu uma criança Guarani, no litoral do RS, por falta de assistência. Declaramos estado de calamidade pública. Existem aldeias que não há água para beber", explica Pedro.
Distrito Sanitário
Os indígenas também cobram a instalação de um Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) no Rio Grande do Sul e Santa Catarina para facilitar a gestão da saúde. O problema é que em junho de 2011, durante seminário realizado em Santa Catarina, o coordenador da Sesai Antônio Alves prometeu o DSEI, mas até agora, quase um ano depois, não abriu Grupo de Trabalho para a abertura do distrito.
"Enquanto eles prometem e não cumprem, nosso povo morre. Isso tem que acabar e por isso estamos aqui", encerra Pedro Kaingang. Os indígenas buscam audiências com o coordenador da Sesai e ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Com essa mobilização, sobre para cinco o número de protestos indígenas no Brasil entorno de questões envolvendo a saúde.
Outras mobilizações também ocorreram em Rondônia, Maranhão, Tocantins e Acre.

Fonte: Disponível em: http://www.geledes.org.br/areas-de-atuacao/direitos-humanos/260-noticias-direitos-humanos/14407-indios-protestam-em-todo-o-brasil-por-atendimento-a-saude, acesso em 31/05/2012.

Fichamento

Unidade: 1
Módulo: 5    
Qual o tema abordado na unidade
A unidade traz a tona à temática da “globalização”, um tema muito conhecido quando se trata de economia, mas a abordagem feita faz um paralelo entre esse evento e as mudanças sociais ocorridas paralelamente a ele, e que de certa forma, a globalização contribuiu para que elas ocorressem. São citadas no texto as principais Conferências que contribuíram para a preparação de projetos e programas voltados para as questões de gênero e raça. Relata também os principais momentos, no caso do Estado brasileiro, que foram decisivos para a participação da sociedade civil na gestão das políticas públicas. A unidade conceitua ainda os temas Interseccionalidade, Intersetorialidade e Transversalidade inseridos na temática das políticas públicas de gênero e raça.

Quais os principais conceitos apresentados na unidade
Estado-Providência (Welfare State): Estados que garantem bens e serviços públicos e protegem a população, buscando também a garantia dos direitos sociais dos seus cidadãos, desenvolvendo para tanto políticas que contemplem mudanças com vistas a garantir esses direitos.
Patrimonialismo: sistema na qual o Estado não faz diferença do que é público e do que é privado, ou seja, algo que é público, como um cargo político, é considerado por parte dos ocupantes como algo de propriedade sua e de seus familiares, sendo também extensivo a bens e propriedades públicas, que são usadas como se fosse propriedade privada de alguns.
Participação e controle social: acompanhamento por parte da sociedade civil na implementação, execução e resultado das políticas públicas, podendo intervir durante todo esse processo, buscando garantir o interesse público.
Intersetorialidade na gestão pública: desenvolvimento de ações por parte do governo associadas a vários órgãos e setores da sociedade, que juntos buscam promover ações que contemplem integralmente os problemas sociais.
    

Explicite que relação existe entre o que o texto problematiza e a sua atuação enquanto gestor/a
Realizando uma leitura atenta do texto e fazendo uma conexão com as informações anteriormente obtidas, faço uma constatação: muitas mudanças estão ocorrendo no Brasil e no mundo no que se refere às reivindicações contra o racismo, a favor dos direitos das mulheres, contra a xenofobia, dentre outras lutas mundo a fora, mas infelizmente a maioria da população não tem acesso a essas informações, e quando tem é uma minoria de pessoas. Faço essa citação, pois trabalhei na Secretaria Municipal de Ação Social até 2006, e fazendo uma relação com o texto, percebo que até essa data importantes Conferências que trataram do assunto já haviam acontecido, e nem naquela época e até alguns meses atrás eu não tinha conhecimento das mesmas, com exceção das políticas públicas para as mulheres. Percebe-se que existe uma movimentação, as coisas não estão estáticas, há mudanças acontecendo, contudo, a maioria da população que deveria estar ciente dessas mudanças infelizmente não está. Há pessoas que nem se quer sabem dos seus devidos direitos, é claro que nos dias de hoje a tecnologia de ponta colabora para a propagação rápida das informações, mas observo que muitas pessoas que tem acesso a essas tecnologias não estão cientes dessas informações. Penso que as mesmas não deveriam ficar somente nas Secretarias e Órgão que se relacionam diretamente ao tema, e sim elas deveriam ser levadas as escolas, aos grupos de terceira idade, aos programas sociais, enfim, às diversas camadas da sociedade em geral para que as pessoas não só tomem ciência dessas informações, mas assumam um compromisso de participarem ativamente desse processo de mudança.

Expresse alguma idéia ocorrida em relação ao seu trabalho depois da leitura e sistematização da unidade.
Visando trabalhar com o tema dos marcos histórico das políticas públicas, tratando especificamente da redemocratização e reforma do Estado brasileiro, proporia uma atividade com o 3° Ano do Ensino Médio, pois essa turma analisa no conteúdo histórico os acontecimentos do Estado Novo, o regime militar e o processo de redemocratização no Brasil. O foco da atividade seria relacionar nesse período as mudanças sociais que ocorreram paralelamente as mudanças políticas e econômicas que normalmente são abordadas no conteúdo disciplinar. Os alunos seriam divididos em três grupos, sendo que cada grupo ficaria responsável por um determinado período. O trabalho consistiria numa busca histórica das atividades dos movimentos sociais, quais eram? O que pretendiam alcançar? Qual a repercussão que o movimento ocasionou no país, bem como as reforma e mudanças ocorridas no Estado brasileiro, com a contribuição desses movimentos. O trabalho seria apresentado à turma e posteriormente exposto a toda escola com o título “Memórias dos Movimentos Sociais no Brasil”. É uma maneira de divulgar para a classe escolar, incluindo profissionais ligados a educação, pais e comunidade escolar, as transformações que vem ocorrendo no Brasil e no mundo, com a participação popular, levando a uma reflexão e principalmente ao desenvolvimento de uma postura ativa de uma sociedade participativa nas políticas do seu bairro, município, estado e país. 



Unidade: 2
Módulo: 5    
Qual o tema abordado na unidade
A unidade vem descrevendo os instrumentos governamentais legais utilizados no ciclo das políticas públicas, em especial, o Planejamento e Orçamento. É sistematizado no texto o funcionamento do ciclo orçamentário composto pelo Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual, que definem as despesas e planejam a distribuição dos recursos. O texto alerta ainda para a importância dos indicadores sociais na formulação e implementação das políticas públicas. Ressalta também os desafios na implementação das políticas públicas voltadas para a questão do gênero e raça e articulação das mesmas com os instrumentos legais, citando o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres e o Plano Nacional de Promoção de Igualdade Racial como exemplo. 

Quais os principais conceitos apresentados na unidade
Ciclo das políticas públicas: todo caminho a ser percorrido até a execução das ações previstas, passando pela implantação até a avaliação. Destacamos aqui o ultimo estágio do ciclo, a avaliação, sendo essa a ferramenta de monitoramento, ou seja, se o que foi proposto foi executado e, se foi executado, se alcançou os objetivos propostos na formulação das ações.
Projeto (contexto das políticas públicas): etapa onde através de um “conjunto integrado de atividades” pretende-se “transformar uma parcela da realidade, suprindo uma carência ou alterando uma situação problema” (texto O Ciclo das Políticas Públicas). Tem como foco alcançar uma etapa de um programa.
Programa (contexto das políticas públicas): o programa é constituído por um conjunto de projetos que possuem o mesmo objetivo, este “estabelece as prioridades da intervenção, identifica e ordena os projetos” (texto O Ciclo das Políticas Públicas).
Indicadores sociais (Políticas Públicas): Um indicador é uma medida quantitativa ou qualitativa de determinada realidade. Indicadores sociais são constituídos geralmente de uma medida quantitativa que descrevem aspectos da realidade social ou sobre mudanças que estão acontecendo na mesma. Os indicadores contribuem também para subsidiar atividades de planejamento público e formulação das políticas sociais.

Explicite que relação existe entre o que o texto problematiza e a sua atuação enquanto gestor/a
Observando, no contexto municipal, os instrumentos básicos de planejamento e orçamento, é perceptível que não há, no âmbito municipal, nenhuma diretriz voltada para a questão das políticas públicas de gênero e raça. Percebe-se que essa é uma questão que possui um foco do governo federal, ou seja, vem de cima para baixo. Mas a maioria dos municípios do país, assim como o meu, não promove nenhuma inserção nos seus planejamentos e orçamentos, nenhum tipo de ação que contemple a promoção da igualdade. Os orçamentos, na área social, são sempre escassos de recursos, e quando o Município desenvolve alguma ação que envolve essa temática, essa ocorre quando o mesmo é contemplado com algum recurso do governo federal ou estadual. Percebo que essa não é apenas uma questão financeira, e sim cultural. Os próprios governantes não compreendem a importância na discussão e implementação de ações afirmativas voltadas para a promoção da igualdade de gênero e raça.

Expresse alguma idéia ocorrida em relação ao seu trabalho depois da leitura e sistematização da unidade.
Desenvolver uma atividade com os alunos do 3º ano do ensino médio, visando o conhecimento dos instrumentos de planejamento e orçamento, nesse caso voltaremos o trabalho para os instrumentos municipais. Focando o tema nas ações voltadas para as questões de gênero e raça, os alunos observarão e identificarão quais ações são programadas no orçamento e plano plurianual que contemplem essa temática. Diante das observações realizadas pelos alunos, os mesmos realizariam, em grupo, o desenvolvimento de ações que promovessem a igualdade de gênero e raça. As atividades passariam pelo crivo de uma equipe de professores, e parte delas seriam entregues nas mãos do gestor municipal, como reivindicação pela inserção e implementação de ações voltadas para o tema.


Unidade: 3
Módulo: 5
Qual o tema abordado na unidade
            A unidade tratou sobre avaliação e monitoramento, que são etapas fundamentais da formulação e da implementação de políticas públicas, estas ferramentas são importantes para diagnosticar se os programas e projetos estão alcançando seus objetivos. O monitoramento é uma avaliação em processo, permite que seja detectado e corrigido as partes frágeis de um programa, para uma melhor compreensão o texto trouxe o exemplo de um projeto de criação de uma creche. A avaliação é uma forma de pesquisa que proporciona informação sobre diferentes componentes de um programa, podendo ser realizada antes do início da ação, durante a implementação e após o termino do programa. E, por fim, a unidade trouxe a avaliação e o monitoramento aplicados ao Plano Plurianual, onde os resultados da avaliação ajudam a apontar problemas de execução e indicam oportunidades de melhoria.
Quais os principais conceitos apresentados na unidade

·         Eficiência: é a relação entre os recursos que foram empregados e os resultados obtidos na ação;

·         Eficácia: mede a relação entre os resultados que foram obtidos e o que havia sido pretendido. Em outras palavras, é conseguir alcançar um determinado objetivo;

·         Monitoramento: é utilizado para intervir no decorrer do programa, corrigindo o que for necessário, pois é o exame contínuo de cada parte do projeto, podendo ser o processo, os resultados, o impacto causado, etc.;

·         Avaliação: é uma forma de pesquisa que identifica informação necessárias para avaliar cada componente de um programa ou um conjunto de atividades, com a finalidade de ter o conhecimento orientado para melhorar as formas de agir sobre uma determinada realidade. Ela pode ser feita antes do início da ação, durante a implementação e após o termino do programa.
Explicite que relação existe entre o que o texto problematiza e a sua atuação enquanto gestor/a ou interlocutor de políticas públicas
            O Monitoramento e a avaliação são de grande importância na formulação e implementação de programas e projetos do governo, pois elas possibilitam o diagnóstico e a correção de possíveis erros, além da confirmação de que a ação está alcançando o objetivo esperado.
            Com base no exemplo dado na unidade da implementação da creche, é necessário ter um monitoramento desde a elaboração da ação até a conclusão e funcionamento para que o plano não saia do objetivo inicial e que o foco esteja na ajuda à sociedade.
Vamos imaginar que não seja feito um monitoramento na fase de elaboração e estruturação do projeto de criação da creche, mas que haja um erro que posteriormente vai impossibilitar o seu funcionamento adequado, como simples exemplo: que o local escolhido para a instalação seja próximo a uma indústria que emita substâncias prejudiciais, principalmente às crianças.
Caso o monitoramento estivesse ocorrido antes da instalação da creche poderia ter sido observado este detalhe e não seria necessário posterior ajuste na localidade (o que, de certa forma, poderia atrapalhar aos pais que já deixavam suas crianças aos cuidados desta creche), além de outros problemas que poderiam acontecer.
Expresse alguma ideia ocorrida em relação ao seu trabalho depois da leitura e
sistematização da unidade.
            Tomando novamente o exemplo da comemoração municipal do Dia da Consciência Negra, que usei no fichamento anterior para salientar a necessidade de planejamento, vou usá-lo para destacar a importância do monitoramento e da avaliação.
            Vamos imaginar que ocorra este evento mas em nenhum momento seja feito o monitoramento e a avaliação. Como poderão saber se o objetivo realmente foi alcançado? Será que atendeu a expectativa da comunidade e do governo? O que será preciso modificar para este evento no próximo ano? Os imprevisto ocorreram por falta de monitoramento? Estas são algumas das questões que poderiam ser levantadas e que ficariam sem respostas.
            Mas o quadro poderia ser outro através de um monitoramento e avaliação feitos de forma correta: após a avaliação foi percebido que para o próximo evento será necessário fazer mudanças na programação para atender melhor o objetivo, ou divulgar melhor pois poucas pessoas compareceram. Enfim, várias questões poderiam ser melhoradas para um próximo evento ou mesmo no atual evento, dependendo do caso, o que seria possível por meio de uma avaliação e de um monitoramento no decorrer do processo.
            Se é tão importante estas ferramentas para um simples exemplo como este, ainda se faz mais necessário para as demais ações do governo, atendendo de forma melhor as necessidades da sociedade.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

NOVA ENQUETE - PARTICIPEM

Visitantes do blog estamos com uma nova enquete a cerca da inclusão das políticas públicas para mulheres e promoção racial nas leis orgânicas municipais. Participe, vote..... Juntos podemos mudar muita coisa
(Grupo 03 do GPPGR - Polo Afonso Cláudio)

Postado por Andrezza Reis e Vandeti Krause

Reflexão da semana

"Pior que não promover a igualdade, é se fazer indiferente as desigualdades. Se calarmos diante das desigualdades e da violência que ela gera estaremos agindo da mesma forma que agem aqueles que promovem esse tipo de violência"
(José Renato Coan)